“O Senhor é bom, um
refúgio em tempos de angústia. Ele protege os que nele confiam, mas com uma
enchente devastadora dará fim a Nínive; expulsará os seus inimigos para a
escuridão” (Na 1.7,8 – NVI).
O profeta Naum viveu cerca de 120 anos depois do profeta Jonas. Todos conhecem a história de Jonas, que pregou aos ninivitas, os quais se arrependeram e foram salvos por Deus. Mas poucos conhecem a profecia de Naum, que descreveu a catástrofe daquela cidade um século mais tarde, que em 612 a.C. caiu sob o poder do rei babilônio Nabopolassar, pai de Nabucodonosor.
O livro de Naum é de juízo aberto contra a capital do império assírio. Ele revela mais os atributos da justiça de Deus. Seu zelo, Sua vingança, Sua ira e furor (v. 2). Entretanto, o profeta mostra que Deus também é paciente (v. 3) e bondoso (v. 7). De fato, Deus Se mostrou paciente e bondoso para com aquela cidade, quando lhe enviou Jonas um século antes, para levar uma palavra de sentença que, no entanto, foi retirada mediante o arrependimento.
Esses atributos de Deus não entram em choque. Ele é perfeitamente amor e perfeitamente justiça! Ele julga e condena com a mesma santidade com a qual ama e salva. Os homens de todas as épocas não suportam isso em Deus. Nem os ninivitas, nem ninguém. Todos querem um Deus bonachão e relaxado, que passa despercebido pelos nossos deslizes.
Os ateus zombam do Cristianismo, dizendo algo como “Deus te ama tanto, que se você O rejeitar, Ele te manda pro inferno” e os ouvintes caem na gargalhada! Mas é claro que aqueles que vão para a condenação não são objetos do amor de Deus e sim de Sua ira! João disse isso: “Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (Jo 3.36 – NVI). Aqueles a quem Deus ama, obviamente irá salvá-los, aliás, Ele os salvará justamente porque os ama!
O problema é que não somente os ouvintes evitam saber acerca dos atributos de justiça e santidade de Deus, como também muitos pregadores evitam incomodar seus ouvintes tocando nesse assunto. Preferem deixar Deus camuflado diante das pessoas, como se isso fosse de fato atenuar a sentença que lhes aguarda! Naum não se preocupou com isso. Ele tinha uma mensagem a transmitir e seu compromisso era em ser fiel a esta mensagem e não em agradar aos ninivitas.
Assim também nós. Devemos proclamar tudo sobre o que Deus revelou de Si mesmo para todos. “O Senhor é muito paciente, mas o seu poder é imenso”, disse o profeta (v. 3). “O Senhor é bom, protege os que nele confiam, mas expulsará os seus inimigos para a escuridão” (vs. 7,8). Assim também anuncia Naum.
Que nossa proclamação sobre Deus e Seus atributos não sejam
anunciados pela metade, pois como já disse alguém “um evangelho que esconde sua
metade, também é um falso evangelho” (Josemar Bessa).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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