“Saudai Rufo, eleito
no Senhor, e igualmente a sua mãe, que também tem sido mãe para mim” (Rm
16.13).
Quando lemos esta saudação de Paulo a Rufo e sua mãe, logo nossa mente é remetida ao Evangelho de Marcos, que relata que este jovem era filho daquele Simão, o cireneu, que carregou a cruz de Jesus Cristo (Mc 15.21).
Como sabemos que Marcos escreveu aos crentes romanos, então a maioria dos estudiosos entende que este Rufo, de quem Marcos faz menção, é o mesmo a quem Paulo saúda quando escreve também aos romanos.
Se assim for, então é provável que seu pai, o que carregou a cruz de nosso Senhor já tivesse morrido quando Paulo escreveu a carta. Seu irmão Alexandre também já não estava ali em Roma, ou não fosse crente, visto que Paulo chama Rufo de “eleito no Senhor” (se nos lembrarmos do cap. 9 de Romanos, Paulo diz que Jacó era eleito e não Esaú – assim também pode ter sido com estes dois jovens).
Deixando de lado as especulações, no entanto, ainda nos resta que a seguinte verdade prevalece: ninguém que carrega a cruz de Cristo fica no esquecimento diante de Deus! Simão experimentou isso de modo sublime e glorioso!
Ele estava no campo e vinha para Jerusalém, provavelmente para a festa da Páscoa. Ele era de Cirene, um país africano. Possivelmente era um dos judeus da Dispersão, que vinha de suas terras longínquas para as festas judaicas em Jerusalém.
Sem saber quem era aquele condenado que tombava diante do peso de Sua cruz, Simão foi obrigado pelos soldados romanos a carregar-lhe a cruz. Os soldados tocavam com a folha de sua lança o ombro de um qualquer que estivesse casualmente passando pela via crucis. Eles não tinham tempo a perder. Mas a Providência Divina direcionou a ponta da lança dos romanos para o ombro de Simão!
Ele carregou a cruz de nosso Senhor, o único homem que fez isso de forma literal! Talvez irado, a princípio, mas ficou magnetizado de alguma forma por aquele Homem, pelo Seu olhar e, ao chegar ao Calvário, não deve ter saído dali até que presenciou todas as cenas ligadas à morte do Salvador que são narradas nos Evangelhos!
O resultado não poderia ser outro: Simão se rende ao Crucificado! Toda sua família é alcançada pela graça salvadora. Em Antioquia, este homem se torna um dos mestres e profetas daquela primeira igreja missionária da história (At 13.1)! Ali ele era o Simeão, apelidado Níger (que quer dizer “negro”)! Sua nobre esposa torna-se também uma mãe para o jovem Saulo, que era mestre com Simão na mesma igreja!
Literalmente, Simão tomou a cruz e seguiu a Jesus (Mc 8.34)!
E a bênção de ter feito assim foi que não somente ele, ali fixado pelos olhos
do Nazareno, mas toda sua família se prostrou diante da cruz, recebendo a
salvação eterna! Vale a pena levar a cruz de nosso Senhor!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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