“Pois quem sabe o que
é bom para o homem durante os poucos dias da sua vida de vaidade, os quais
gasta como sombra? Quem pode declarar ao homem o que será depois dele debaixo
do sol?” (Ec 6.12).
Como um filósofo existencialista da era davídica, Salomão levanta, no livro de Eclesiastes, uma série de questões relacionadas à insignificância da vida humana, independente dos esforços que nós empenhamos: no fim, todos vão para o mesmo lugar, isto é, a sepultura e em nada somos melhores do que os abortos, os homens tolos ou os animais.
Toda essa visão, entretanto, não exclui a responsabilidade do homem enquanto vive (assim como também a filosofia existencialista prega). Mas Salomão vai além do ensino kierkegaardiano. Enquanto os existencialistas assumem uma responsabilidade passageira, mesmo que questionável, findando aqui mesmo, Salomão diz que o homem prestará contas de todas as coisas diante de Deus (11.9; 12.14).
Mas aqui está uma pergunta que este sábio deixou. “Quem pode declarar ao homem o que será depois dele debaixo do sol”? Certo é que “debaixo do sol” parece suceder exatamente o mesmo a todos os seres: independente do estilo de vida que ele resolveu ter, seu fim é idêntico ao fim de qualquer outro diferente dele, seja para melhor ou para pior.
Todavia, temos uma informação que Salomão não teve: Jesus Cristo, o Filho de Deus, disse a Nicodemos: “Ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem que está no céu” (Jo 3.13). A informação vem daquele que pode nos dizer o que acontece “acima do sol”, isto é, depois desta morte física. Por isso que Jesus disse que era maior que Salomão (Mt 12.42).
E o que Jesus nos ensina não é que nos reencarnamos; também não nos ensina sobre purgatório, como segunda chance após a morte; tampouco Ele defende a falsa doutrina do sono da alma, que afirma que o indivíduo depois de sua morte física entra num estado de inconsciência até a ressurreição. Não. Ele nos ensina que depois da morte física, o homem entra num estado consciente já de dor e sofrimento, ou de gozo espiritual.
Quem morre com Cristo, entra no estado de gozo no espírito, até que aconteça a ressurreição dos mortos. Jesus disse ao ladrão convertido na cruz: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43). Paulo dizia que preferia morrer e “estar com Cristo” (Fp 1.23). Disse também aos coríntios: “Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2Co 5.8).
Depois da 2ª vinda de Cristo, então os corpos ressurretos serão levantados e preparados para estarem na eternidade, com ou sem Deus. Os que morreram com Cristo ressuscitarão para a vida eterna; os ímpios, porém, para a vergonha e desprezo eterno, “onde o verme não morre e o fogo nunca se apaga” (Mc 9.48).
Salomão não sabia o destino dos homens acima do sol. Mas
Cristo sabe e nos avisou. Ricos ou pobres, sábios ou tolos, pequenos ou
grandes: vida eterna somente para os que creram em Cristo como seu Senhor e
Salvador!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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