“Disse ainda: O reino
de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra; depois, dormisse e
se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não
sabendo ele como. A terra por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois, a
espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. E, quando o fruto já está maduro,
logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa” (Mc 4.26-29).
Jesus fez várias comparações com o reino de Deus. Uma delas, a mais famosa, talvez seja a parábola do semeador, que espalhou a semente em quatro tipos diferentes de terreno. Nós entendemos seu significado porque o próprio Jesus o explicou a Seus discípulos. Os vários tipos de terreno representam os vários tipos de pessoas que recebem o evangelho e têm diferentes reações a ele. A semente é a Palavra da pregação.
Aqui nesta parábola, Jesus fala de um homem que lança a semente sobre a terra e vai dormir. Tomando a outra parábola como explicação, o homem aqui representa o pregador da Palavra e a semente é a Palavra pregada. Mas vemos que depois que este homem lança a semente, ele vai dormir! John MacArthur chamou isso de “Teologia do Sono” em seu livro Evangelismo.
O ponto aqui é que o semeador vai dormir porque a germinação da semente é algo que não depende dele. O máximo que ele podia fazer era semear. Tendo feito, ele vai dormir, pois se algo sobrenatural não acontecer e fizer germinar aquela semente, nenhum esforço dele terá valor algum.
Assim também com relação ao pregador do evangelho. Ele nada pode fazer além de pregar o evangelho. Se de fato ele pregou o evangelho, então ele pode descansar, pois o que vai operar salvação no ouvinte é algo sobrenatural, assim como acontece com a semente. As parábolas de Jesus não deixam brecha para alguma simbiose entre o semeador e a planta!
No processo da evangelização há um fator de conhecimento e um de ignorância no evangelista. No fator de conhecimento, ele tem que saber que o evangelho que está pregando é realmente o verdadeiro evangelho, pois, se pregando o verdadeiro evangelho, nem todo terreno vai produzir, quanto mais pregando o falso evangelho! No fator de ignorância, o evangelista não sabe em quem nem como o resultado acontecerá. Isto é obra exclusiva do Espírito Santo. Jesus disse “não sabendo ele como”.
Quando a semente germina, o lavrador não diz: “Eu fiz nascer esta semente”, mas muitos pregadores dizem que ganharam tantas e tantas almas! Paulo diz: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus” (1Co 3.6). O milagre da conversão está nas mãos de Deus. Nós apenas pregamos e vamos dormir!
O evangelho é o poder de Deus para salvação daquele
que crê e não o evangelista! Vamos nos preocupar se estamos lançando a
verdadeira semente, mas a alegria da germinação de uma vida vem do alto e
somente Deus deve ser glorificado!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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