“E, caindo por terra,
ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele
perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém
fazer” (At 9.4-6).
A história da conversão do judeu Saulo de Tarso é uma das mais impressionantes de toda a Bíblia, sendo também uma das mais perturbadoras para ateus e agnósticos que levam a sério sua negação ou dúvida sobre a existência de Deus.
Além de ser impossível negar a veracidade da existência desse influente homem do cristianismo, é igualmente impossível subestimar o que lhe ocorreu no caminho de Damasco. A súbita reviravolta em sua vida e a radical mudança em seu pensamento religioso a partir daquele dia demonstram isso.
A questão é que essa mudança brusca envolve o seu encontro com o Jesus ressuscitado, ressurreição essa que, não somente Saulo, mas todo judeu e autoridades religiosas procuravam negar veementemente.
Embora a conversão de Saulo ao cristianismo tenha calado inúmeros ateus honestos (pelo menos, se há honestidade com o ateísmo, que seja com ele mesmo), o que destacamos aqui nesse episódio são algumas indicações que Jesus dá para aquele fariseu no caminho de Damasco.
A primeira é que quem persegue a igreja, persegue o próprio Senhor dela. Um dos maiores consolos da igreja em todos os tempos é que as perseguições que ela sofreu e ainda sofre são sentidas por seu Senhor. Ele, finalmente, tratará com os perseguidores, seja salvando-os ou condenando-os. Por isso, Paulo diz em seu testemunho que Jesus lhe havia dito: “Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões” (At 26.14). Ou na versão NVI: “Resistir ao aguilhão só lhe trará dor”! Ou mais simplesmente como na NTLH: “Não adianta você se revoltar contra mim”.
Outra indicação que Jesus dá é que Sua voz é inconfundível. Saulo já pergunta dando a resposta: “Quem és tu,Senhor”? sem dúvida alguma, diante do chamado eficaz, não há perdido que não reconheça a voz de Quem lhe chama!
Finalmente temos que na nova vida cristã não fazemos aquilo que queremos. Jesus diz a Saulo que lhe “dirão o que convém fazer”. Não existe autonomia na caminhada cristã. Não fomos chamados para andarmos como queremos, ainda que honestamente. Há uma maneira cristã de caminhar e isto nos é instruído, não procede da nossa própria ética.
Talvez seja-nos necessário aprender a aprender antes de
especificamente já começarmos aprendendo. Nossa natureza é selvagem e precisa
ser domesticada. Mas ela só será subjugada por outra natureza que nos é posta
quando, assim como Saulo, nos encontramos com Jesus, o Senhor!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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