“Quando tiverem,
então, concluído o testemunho que devem dar, a besta que surge do abismo
pelejará contra elas, e as vencerá, e matará, e o seu cadáver ficará estirado
na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também
o seu Senhor foi crucificado” (Ap 11.7,8).
O fato de João dizer que as duas testemunhas têm autoridade para fechar o céu e para converter as águas em sangue, tem levado muita gente a pensar que as duas testemunhas se tratam de Moisés e Elias. Há muitas e boas razões para se rejeitar esse pensamento: o fato de Apocalipse ser simbólico, leva a entender que o significado está por trás daquilo que o apóstolo escreveu; também Moisés morreu e não se pode morrer duas vezes (Hb 9.27); Elias e Enoque estão glorificados, não se pode reverter esse estágio, pois eles já estão livres da presença do pecado e, consequentemente, de seu salário, que é a morte; enfim, as razões para se rejeitar essa teoria são claras e suficientes.
Assim como Moisés pronunciou juízo contra o Egito e Elias contra o Israel idólatra de suas épocas, assim também a igreja pronuncia juízo contra sua geração rebelde ao evangelho. Entretanto, diz o texto que lemos, a besta vencerá e matará as duas testemunhas. Isso condiz claramente com o cap. 13.7, onde diz: “Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse”. Os santos em Apocalipse são a igreja e não Israel ou quem quer que seja. E, como vimos que as duas testemunhas são a igreja, então não há dúvida de que a igreja que estiver viva no tempo final (1.260 dias) passará realmente pela grande tribulação.
Quando se diz que o cadáver das duas testemunhas ficará estirado na praça da cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, obviamente não são estas duas cidades, até porque Sodoma já não existia na época em que João escreveu e Egito não é cidade. João diz “onde também o seu Senhor foi crucificado”. Aqui muitos pensam que se trata da cidade física de Jerusalém. Entretanto, este é outro lapso em que facilmente podemos cair na rápida dedução.
Jesus não morreu em Jerusalém, mas fora dela (Hb 13.12). O que o apóstolo está dizendo aqui é que qualquer cidade deste mundo é hostil a Cristo, Seu evangelho e Sua igreja. Onde quer que a igreja esteja, será perseguida por sua própria cidade, pois todas as cidades do mundo fazem parte do sistema satânico e maligno que crucificou o Senhor da glória! Qualquer cidade é Sodoma e Egito! Qualquer cidade teria crucificado a Cristo! Qualquer cidade jaz no maligno!
Observe que as pessoas de todos os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas, não é somente uma cidade (v. 9). Também não se trata de reportagem na televisão... Ou seja, em todos os lugares do mundo, a igreja será perseguida e morta! E as pessoas se alegrarão ao verem esta cena macabra! De fato, as autoridades mundiais se calam diante das perseguições feitas contra os cristãos dos países fechados ao evangelho! Eles são martirizados e ninguém se pronuncia a respeito (televisão nem liga pra isso), pelo contrário, jubilam, porque os que anunciam o evangelho atormentam os moradores da terra, isto é, suas consciências!
É enganoso aquele ditado gospel: “O país, estado ou cidade
tal é do Senhor Jesus”. Pelo que lemos aqui é o oposto. Todo sistema deste
mundo é anticristão e jaz no maligno. Apenas um povo é do Senhor Jesus, e este
povo é Sua igreja, Suas duas testemunhas, como Ele disse em At 1.8!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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