“Quando ele vier,
convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8)
Um dos papéis do Espírito Santo é convencer o ouvinte do evangelho acerca de três coisas principais: sobre o pecado, sobre a justiça e sobre o juízo. Esse convencimento é o argumento que só a Palavra tem quando é pregada para o indivíduo, de tal modo clara e convincente, que ele não tem como objetar àquilo que ouviu.
Algo que precisa ficar claro é que o Espírito Santo não fará isso à parte da pregação da Palavra. Embora o Espírito possa, através da consciência de alguém, convencê-lo do erro, todavia, o que Jesus Cristo está falando aqui trata-se da repreensão que a Palavra pregada faz ao pecador. A palavra original para “convencer” aqui significa “repreender, reprovar, refutar, envergonhar, repelir, vencer”.
Infelizmente, não é o que ouvimos da maior parte dos que estão incumbidos de levar a Palavra. A maioria nunca prega uma mensagem repreensiva, que reprova o pecador em sua prática de vida longe de Deus. Quase sempre o que se ouve é uma mensagem agradável e doce, que não convence nem o mais terrível pecador de seus erros. O que é dito é quase um discurso de boa vizinhança, politicamente correto, uma mensagem que visa mais tocar no emocional do ouvinte do que em seu raciocínio. Afinal, para alguém ser convencido, o argumento deve intrigar seu raciocínio e não sua emoção!
Desde o 1º versículo, Jesus está falando a Seus discípulos que não se escandalizem com o que Ele tem a dizer. No v. 2, Jesus os adverte que as autoridades os expulsariam das sinagogas. Naquela época, ser expulso da sinagoga, era o maior sinal de perda de prestígio social entre os judeus, a exemplo daquele cego de nascença que Jesus curou e os fariseus o expulsaram da sinagoga (Jo 9.34).
A rejeição da pregação da verdade iria além disso, avisa Jesus. As pessoas matariam os seguidores de Jesus, julgando com isto estar prestando um culto a Deus, a exemplo de Saulo de Tarso, que perseguia e prendia os cristãos, apoiando até mesmo sua morte, como no caso de Estêvão (At 22.20). Sabemos que a perseguição se estendeu contra as fiéis testemunhas de Jesus no decorrer da história e até hoje ainda insiste em derramar o sangue dos santos. Em todos os casos, sempre com essa mente, que julga estar fazendo um favor para Deus ou para a sociedade.
Entretanto, a palavra que se tem pregado atualmente não causa esse tipo de rejeição. Ao contrário, a aceitação é massiva e crescente. Cresce assustadoramente o número de evangélicos em nosso país e, convictamente, podemos afirmar que essa adesão em massa tem seus interesses e conveniências. De fato, o Espírito Santo não tem atuado no papel de convencer muita gente, pois poucos são os que ouvem realmente a Palavra da verdade, através da qual Ele fará esse trabalho.
A palavra que você tem anunciado deixa o ouvinte realmente
intrigado e incomodado, ou o deixa tranquilo e quieto em seus pecados contra
Deus? Você tem certeza que o Espírito Santo usa as palavras que saem de sua
boca para tapar a boca dos incrédulos, deixando-os sem argumento?
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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