“Dá-me a conhecer,
SENHOR, o meu fim e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha
fragilidade” (Sl 39.4).
As lendas da fonte da juventude, dos homens imortais (semideuses), de Highlanders (guerreiros imortais), vampiros e dráculas, etc., apenas revelam o anseio do homem pela imortalidade. De fato, todos caminhamos para a eternidade, mas sempre passando pelo portal e pelo pavilhão da morte física. Esta é a prova irrefutável de que o pecado é o aguilhão da morte (1Co 15.56), ou seja, a morte conduz a todos os homens por sua trilha, ainda que estes não queiram!
Davi, no entanto, pede ao Senhor que lhe faça conhecer o seu fim. Este pedido revela humildade, por duas razões: primeiro, porque ele se dirige ao Senhor e segundo, porque ele quer estar cônscio de sua fragilidade. Os homens não se dirigem ao Senhor para conhecer os limites de sua vida. Dirigem-se à ciência, aos encantamentos, às lendas, aos pactos espiritualistas, às crendices populares, à crença num retorno de sua alma a um novo corpo e assim por diante.
Mas não Davi. Ele recorre ao Senhor. E o que ele pede é para que Deus lhe mostre a soma dos seus dias. O único cujos dias não têm soma porque são eternos é Deus! Todos os demais, por serem criaturas, tiveram um início de existência! Lutar contra isso é vão. Jesus disse que ninguém, por mais ansioso que esteja, poderá acrescentar um côvado ao passo de sua vida (Mt 6.27). Também o salmista reconhece isso: “Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade” (v. 5).
Devido à vaidade da nossa vida, Davi reflete até mesmo sobre os investimentos que fazemos. Ele diz: “o homem passa como uma sombra; em vão se inquieta; amontoa tesouros e não sabe quem os levará” (v. 6). Claro que ele não é contra quem faz investimentos. Antes, ele se refere aos que depositam nisso sua esperança. Por isso ele diz que sua esperança está no Senhor: “E eu, Senhor, que espero? Tu és a minha esperança” (v. 7).
Parece que neste salmo, Davi está sendo disciplinado por Deus e quer manter silêncio diante dos inimigos para que não zombem dele (v. 8). Ele sabe que essa repreensão de Deus pode ser levada ao extremo da morte (v. 11), por isso ele repete que todo homem diante de Deus é vaidade, isto é, a característica do que é vão.
Esta é a verdadeira sabedoria, reconhecer que Deus escalou alguns palmos para a vida de cada um de nós, que diante da vista dEle nosso prazo de vida nada é, que qualquer disciplina de Deus sobre nós pode apagar nosso fôlego como se apaga uma vela e que, quando temos de recorrer a alguém sobre o assunto, este deve ser apenas o Senhor.
O homem é mortal, nada pode fazer além de inventar algumas lendas, a fim de despertar nos demais aquele senso de infinitude que foi perdido no Éden e que ainda lampeja de vez em quando nos anseios mais profundos e obscuros da nossa existência!
Só há uma fonte da juventude: “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede;
pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida
eterna” (Jo 4.14). Jesus é a fonte da eternidade!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Gloria a DEUS meu pastor
ResponderExcluirAmém! 🙏🏼
ResponderExcluir