“Pois
não é o reino de Deus comida e bebida; mas justiça, e alegria, e paz no
Espírito Santo” (Rm 14.17).
Os instintos mais básicos do ser humano e aquilo pelo que ele sempre luta são suas necessidades, a saber, comer e beber. Por estas necessidades os homens se matam, reduzem sua população, escolhendo quem vive e quem deixa de viver para se manterem com sua vida.
Na época de João Batista, as pessoas se atropelavam para conquistar o reino dos céus (Mt 11.12). Sempre associando o reino de Deus com coisas materiais, todos os que esperavam pelo Messias, pensavam que Ele vindicaria o trono de Davi e tiraria o povo de Israel de sua opressão e servidão.
Muitos se decepcionaram com Jesus, pois embora fizesse muitos milagres, Ele não usurpou o trono político do império romano e, por causa disso, uma grande parte da multidão O abandonou.
Mesmo já subindo ao céu, Jesus foi interrogado pelos discípulos quando Ele devolveria o domínio terreno para Israel (At 1.6). O desejo de que o reino de Deus seja terreno é tão grande no coração das pessoas, que muitos esperam um reino terreno milenar de Jesus. Não é de admirar que a teoria da prosperidade tenha desviado os olhos de seus seguidores do céu para a terra, prometendo-lhes abundâncias materiais, tal é o desejo do homem que o maior dos reinos seja composto de suas mais limítrofes necessidades.
Mas, para decepção de muitos, Jesus já havia falado a Pilatos que seu reino não é deste mundo (Jo 18.36). Jesus também disse para as pessoas da sua época que o reino de Deus não tem aparência visível, não está limitado a locais físicos, não está aqui nem ali, mas o reino de Deus está entre nós, ou dentro de nós (Lc 17.20,21).
O reino de Deus é justiça, diz Paulo. Há uma necessidade mais básica do que comer e beber. Há uma necessidade de ser justo, pois, ao contrário disso, ele será condenado e de nada adiantará ir para o inferno de barriga cheia! Somente os justos poderão fazer parte do reino eterno de Deus. Mas ninguém alcança essa justiça por si mesmo. Ele precisa crer em Cristo e confiar sua vida a Ele para isso.
Paulo diz também que o reino de Deus é paz. Agora que alguém está justificado pela fé em Cristo, ele tem paz com Deus (Rm 5.1). Não se fala da paz mundial, nem da paz de um milênio terreno, onde animais selvagens e mansos pastam juntos, não se trata da ausência de guerra entre as nações, mas da paz com o único que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo (Mt 10.28).
Finalmente, o apóstolo diz que o reino é alegria no Espírito. Agora entendemos o que é desfrutar das coisas profundas do reino. Quem deseja algo maior que a alegria de ter seu destino para a condenação alterado para a vida eterna? Que guerra mundial pode retirar esse tipo de alegria? Que fome ou sede pode alterar meu estado de salvação? Que tribulação, angústia, perigo, espada, podem ser capazes de nos afastar do amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor?
Certo é que estas coisas existirão, leão
pastando erva com o boi, paz e justiça no reino de Deus, mas não para este lado
da vida. Isto faz parte do “ainda-não”, o aspecto futuro deste reino. Para o
“já”, que é o aspecto presente, o reino é justiça, paz e alegria no Espírito
Santo!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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