“Preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me
glorie de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente” (Fp 2.16).
A igreja tem muitas
responsabilidades na terra enquanto portadora do evangelho. Só aqui no cap. 2
de Filipenses, Paulo elabora algumas delas.
No v. 2, ele diz que os crentes
devem ter a mesma forma de pensar, o mesmo amor, devem ser parceiros de alma,
não fazer as coisas por politicagem, mas sim por humildade, devem considerar os
outros superiores a si mesmos, não pensar em suas próprias coisas, mas
essencialmente nas do outro. No v. 12, ele roga obediência da igreja em sua
ausência, ordenando que desenvolva a salvação com temor e tremor e no v. 14,
manda que tudo que for feito, seja sem resmungo ou disputa.
Mas entre todas estas
obrigações estava uma que era primordial para o apóstolo. Ele queria que a
igreja preservasse a Palavra da Vida. Se a igreja vivesse tudo que ele havia
falado antes, mas negasse a Palavra da verdade, Paulo acharia que perdeu tudo,
que seu trabalho foi vão. “Preservar” significa “reter, guardar para si,
segurar firmemente”. E Paulo qualifica a Palavra aqui como “palavra da vida”,
isto é, a palavra que produz vida naquele que a ouve.
Suponhamos que a igreja não
observe esse dever de preservar a Palavra, que é da vida, permitindo sua
mistura ou diluição... o que acontecerá com os que a ouvirem? Absolutamente
nada! Eles permanecerão no estado em que se encontram, mortos. A Palavra só é
da vida se ela permanecer inalterada. De outra forma, ela produzirá qualquer
coisa, menos vida.
Paulo apela para o Dia de
Cristo, ou seja, o Dia do Juízo. Neste dia, as coisas serão colocadas no
aferidor de Cristo. As igrejas locais serão julgadas pelo crivo do Senhor, se
de fato proclamaram a Sua Palavra da vida, ou se adulteraram a proclamação e
por qual motivo.
No entanto, Paulo não ameaça a
igreja ou seus pastores. Mas ele pensa em seu próprio trabalho. Com tanto ardor,
esse grande apóstolo fundou várias igrejas, sempre com a Palavra da vida,
sempre com a verdade do evangelho. Mas ele pensa que no Dia de Cristo, muitas
dessas igrejas que ele mesmo fundou, não passarão pelo crivo do nosso Senhor! E
isto ele sente como enorme decepção! Ele chama isso de esforço inútil (trabalho
copioso e vazio)!
Infelizmente aconteceu isso com
uma das igrejas que Paulo fundou, a igreja de Éfeso! Vemos que obra gloriosa em
At 19 a fundação dessa igreja. Lemos a carta mais teológica de toda a Bíblia,
escrita por esse apóstolo a essa igreja tão virtuosa. Mas em Apocalipse, cerca
de 40 anos depois de sua fundação, Jesus repreende a igreja de Éfeso, dizendo
que se não se arrependesse, Ele apagaria a sua lâmpada (Ap 2.5). Isso aconteceu
gradativamente. No séc. V, um surto de malária declinou a cidade; no séc. VII,
os turcos arrasaram os moradores dali; e finalmente, no início do séc. XV, ela
foi totalmente destruída!
Cada igreja atualmente deveria
repensar o que está fazendo com a Palavra da vida, se a está diluindo ou se a
está preservando!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém! Hoje temos que ter cuidado em tudo que ouvimos.
ResponderExcluirSim, é verdade! Que Deus aguce nossos ouvidos
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