“Exorta aos ricos do
presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na
instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para
nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em
dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido
fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida” (1Tm
6.17-19).
Com o advento da famigerada “teologia” da prosperidade, dois extremos se estabeleceram nas igrejas atualmente. O primeiro extremo, propagado por esse ensinamento, pendeu para o lado da riqueza como uma recompensa de Deus para aqueles que “semeiam” suas ofertas de sacrifício, doando tudo aquilo que têm, e Deus, vendo sua fidelidade, lhes retribui cem vezes mais.
Por outro lado, tentando combater este falso ensino, o segundo extremo pendeu para o lado de neutralizar as promessas bíblicas para os contribuintes da obra de Deus. Afirmam que nada vai lhes acontecer, que Deus não tem promessas para quem dá dízimo ou oferta, que essas contribuições são apenas para encher bolso de pastor, etc. Mas precisamos fazer algumas distinções.
Primeira distinção é que prosperidade e riqueza são duas coisas diferentes. Embora a riqueza seja um tipo de prosperidade entre outros, a prosperidade não se reduz à riqueza. Prosperidade é algo geral e riqueza é algo particular. Assim como no cardápio alimentar, arroz é comida, mas nem toda comida é arroz. Comida é geral e arroz é particular. Quando distinguimos entre esses dois termos passamos a entender melhor o conceito e a relação do crente com eles.
A riqueza é um dom de Deus (Ec 5.19), Ele concede a quem Ele quer. Se fosse para todos, não haveria pobres, mas, como lemos, os pobres sempre temos conosco (Dt 15.11; Jo 12.8). A prosperidade é algo mais que a riqueza. É um bem estar, uma paz interior, um sossego satisfeito, um contentamento naquele que nos supre em tudo além do material. Um rico pode estar em tormenta, mas um próspero sempre estará em paz. Um rico não sabe o que fazer se perder a riqueza, mas o próspero não perde nada, mesmo perdendo tudo. O rico será outra pessoa se ficar pobre, o próspero sempre será o mesmo, tendo muito ou nada. O que o rico possui está fora dele, o que o próspero possui está dentro.
Portanto, o mandamento de Paulo para que Timóteo ensine aos ricos materiais da igreja é que eles sejam prósperos e não apenas ricos. Não se orgulhem do dinheiro que têm, pois é dom de Deus. Não confiem na incerteza das riquezas, pois assim elas se tornam Mamom. Que sejam generosos em dar e prontos a repartir – as riquezas não são suas, mas de Deus, portanto, usem-nas para servir e não sejam usados por elas. Suas boas obras devem ser tão ricas quanto seus bens. Que acumulem verdadeiro tesouro, que é a vida eterna, “porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”, disse nosso Senhor (Mt 6.21).
Não caminhe para os dois extremos que existem em nossos
dias, mas esteja dentro daquilo que diz a Palavra de Deus para nosso proveito!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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