“Vós sois a luz do
mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende
uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a
todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está
nos céus” (Mt 5.14-16).
A metáfora da luz, utilizada por Jesus para comparar Seus seguidores, traz de imediato seu significado óbvio, a saber, que assim como a luz não pode ser escondida, assim também as boas obras de um crente não podem ficar ocultas.
Mas prestemos atenção mais de perto a essa figura. Primeiro Jesus diz que Seus discípulos são a luz do mundo em sentido coletivo. Ninguém é luz sozinho, a não ser o próprio Jesus, que disse algumas vezes: “Eu sou a luz do mundo”. No mais, somos refletores desta luz original. O cristão não é luz por si mesmo, mas tem sua luz derivada de Cristo, como a lua tem a sua luz derivada do sol. Portanto, não existe crente que brilha sozinho, que congrega sozinho, que está ligado diretamente a Cristo sem estar ligado à igreja.
Quando Jesus nos compara à luz neste mundo, Ele está atestando que este mundo jaz no maligno, que ele está em trevas. A igreja é o único povo que tem luz espiritual nesse mundo, pois a luz vem pelo evangelho e a igreja é a portadora do evangelho. O diabo, porém, cega os incrédulos deste mundo para que não lhes resplandeça a luz do evangelho (2Co 4.4).
Depois Jesus diz que é impossível que a luz da igreja fique escondida. Ele diz que “não se pode escondera cidade edificada sobre um monte” e depois diz que “alumia a todos os que se encontram na casa”. As palavras e ações da igreja devem transpor todo obstáculo das trevas deste mundo, seja publicamente (como na metáfora da cidade sobre o monte), seja particularmente (como na metáfora da luz na casa).
Finalmente, Jesus fala sobre a expressão de humildade do crente. O que tem que resplandecer é sua luz e não ele próprio. Quem é a luz do crente? É o próprio Cristo! Portanto, Ele é quem deve resplandecer na nossa vida e não nós mesmos. Diz também que os homens devem ver nossas boas obras e não a nós. Não é o crente que deve aparecer e sim aquilo que ele faz para Deus perante esse mundo. Depois Jesus conclui que os homens glorificarão ao nosso Pai que está nos céus e não a nós. Esse é o papel da humildade na hora de brilhar a luz.
Como poderão os homens ser iluminados por nossa luz, verem
nossas obras e não glorificarem a nós, e sim a Deus? Quando entendermos o que
disse Paulo aos efésios: “Pois,
outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como
filhos da luz” (Ef 5.8). Nós também éramos trevas. E mesmo agora que somos
luz, não o somos por nós mesmos, mas somos luz no Senhor. Assim será Deus e não
nós glorificado! “Não a nós, Senhor, não
a nós, mas ao teu nome seja a glória” (Sl 115.1).
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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