“No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos. Nunca mais haverá qualquer maldição” (Ap 22.2).
No livro de Apocalipse, o apóstolo João utiliza imagens e figuras que são tiradas do AT. Aqui, certamente, ele está se referindo a Ezequiel 47, que fala do rio e Gênesis 2, que fala da árvore da vida. Todavia, como sabemos, o estilo literário do livro de Apocalipse é simbólico e, sendo assim, devemos considerar sua linguagem para obtermos seu significado.
Nossa geração capitalista e adoradora de Mamom, o deus dinheiro, não compreende que Deus preza pelas nossas necessidades básicas e não pelo nosso luxo. Geralmente, quando se lê sobre a Nova Jerusalém, por exemplo, as pessoas ficam ansiosas pela quantidade e diversidade de pedras preciosas que João relata sobre esta cidade. Isto revela o que tem no nosso coração, amor ao dinheiro. Se dissermos que a cidade não é literal (como de fato não é, ela representa a riqueza e perfeição da igreja, a noiva do Cordeiro), as pessoas ficam chateadas, porque realmente elas querem uma cidade com ruas de ouro e praças de diamantes.
Entretanto, o apóstolo do Apocalipse nos mostra que Deus cuida de nossas necessidades, água e frutos. No v. 1 nós lemos que João viu o rio da água da vida. É disso que precisamos, água. Mas não esta água daqui, pois os que a bebem tornam a ter sede; mas aqui fala da água da vida, a mesma que Jesus prometeu à mulher samaritana (Jo 4). Esta água representa a vida eterna, que Cristo concedeu a todos os que beberam dEle (Jo 7.38). Lá em Ezequiel 47, o rio fluía do templo; aqui, ele procede do trono de Deus e do Cordeiro. Fala do próprio Espírito que procede do Pai e do Filho para todo aquele que creu em Cristo Jesus como diz a Escritura.
“No meio da sua avenida larga” (que aqui foi traduzido “praça”), “e do rio, deste lado e daquele lado, árvore de vida” (assim está no original). A ideia aqui é de coletividade. A redação do texto dá a entender que há várias árvores espalhadas pela beira deste rio, produzindo frutos mensalmente. Aqui temos mais um símbolo da vida eterna. No Éden, nossos pais comeram da árvore do conhecimento do bem e do mal e lhes foi vedado participar da árvore da vida (Gn 3.22). Aqui, porém, nos é dado o fruto desta árvore para garantir que temos a vida eterna.
Suas folhas, diz o texto, são para a cura (gr. therapeian) das nações. Obviamente o símbolo aqui representa que as nações salvas, foram salvas do poder do pecado e suas consequências. O pecado foi uma doença na nossa alma. Agora, entretanto, estamos livres não somente do seu poder, mas de sua presença nefasta e cruel. Essas folhas simbolizam que nossa saúde espiritual será eterna.
Finalmente, é bom que saibamos que a palavra usada aqui para
“árvore”, é a mesma palavra que Paulo usa em Gl 3.13, quando ele diz: “maldito
todo aquele que for pendurado em ‘madeiro’”. Por isso o v. 3 começa dizendo
que nunca mais haverá maldição. Porque Aquele que foi pendurado no madeiro se
fez maldição por nós, para que desfrutemos das folhas deste madeiro que nos
garantem saúde espiritual por toda eternidade!
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
Amém, que maravilhosa palavra, que sempre vem para nos ajudar a tirarmos os olhos dessa terra . Agradeço por sua vida pastor, que sempre nos ajuda a entender essa preciosidades .
ResponderExcluirAmém
ResponderExcluirDeus seja glorificado! Amém...
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