REMINISCÊNCIAS DEVOCIONAIS 0018 - TRAGÉDIA E ARREPENDIMENTO

 

“Então contou esta parábola: Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Foi procurar fruto nela, e não achou nenhum. Por isso disse ao que cuidava da vinha: ‘Já faz três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não acho. Corte-a! Por que deixá-la inutilizar a terra?’ Respondeu o homem: ‘Senhor, deixe-a por mais um ano, e eu cavarei ao redor dela e a adubarei. Se der fruto no ano que vem, muito bem! Se não, corte-a’” (Lc 13.6-9 – NVI).

Jesus conta essa parábola numa ocasião em que algumas pessoas Lhe contaram sobre a maldade de Pilatos, que matou alguns galileus que estavam sacrificando seus animais em um culto religioso no templo em Jerusalém, talvez motivado por sua rivalidade com Herodes (v. 1). Porém, as pessoas que relataram isso a Jesus, não estavam preocupadas com a crueldade de Pilatos e sim com a enormidade de pecados que estes galileus tinham, pois o pensamento vigente era que, se algo trágico acontece a alguém, é porque esse alguém é muito mais pecador que os outros.

Todavia, a resposta de Jesus para aquelas pessoas foi que todos perecerão caso não se arrependam. O que Jesus estava dizendo é que todos são pecadores e o salário do pecado é a morte, isto é o que merecem. Independente de ser trágico ou não, o fim de todos os pecadores é a morte e não somente a morte física, mas a morte eterna, ou seja, o inferno. O que é a calamidade terrena diante do inferno infinito? Mas quem se arrepender de seus pecados, ainda que sua vida física seja ceifada por uma catástrofe, sua vida eterna está segura e garantida em Cristo, nada pode lhe roubar isto. Já quem não se arrepende, ainda que morra tranquilamente, depois de um sono profundo da noite da qual não amanhecerá, sua eternidade será incomparavelmente mais desastrosa que qualquer tragédia de que já se ouviu falar!

Ninguém é mais pecador do que outro por ter sido atingido por uma fatalidade trágica. O mundo caído que Adão nos legou proporciona isso. Todos estão sujeitos. Jesus quer dizer que a questão não é por qual tipo de morte física a pessoa venha passar. A morte é inevitável, independente da forma, porém uma só coisa é capaz de alterar o destino eterno, e isto é o arrependimento.

Outros perguntam onde está Deus na tragédia. Por que coisas ruins acontecem a pessoas boas? Na verdade, Jesus disse ao jovem rico que só há um bom que é Deus (Mc 10.18). O resto é mau. O único homem bom aos olhos de Deus foi Jesus e a pior tragédia de toda história aconteceu com Ele. Sofreu a ira de Deus na cruz, assassinado por homens maus. A pergunta é: por que ainda coisas boas acontecem conosco, que somos maus? Sim, esta é a pergunta. E a resposta está nesta parábola que lemos. Coisas boas ainda acontecem com os homens maus porque Deus está nos dando oportunidade de nos arrepender, assim como aquele dono da vinha deu oportunidade para aquela figueira dar fruto, e assim, ainda que sejamos sucumbidos por catástrofe, teremos a vida eterna garantida por Cristo Jesus, nosso Salvador.

Día tes písteos.

Pr. Cleilson