“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores” (Sl 1.1).
A vida do ímpio é um declínio progressivo. E isso é expresso de uma forma bem clara neste verso através dos verbos aqui usados. Primeiro ele anda, depois se detém, depois se assenta.
Ao falar sobre andar, o salmista subentende que o indivíduo ainda não está tão afundado em sua impiedade. Mas depois ele se detém, ele para, já não está mais andando, sua caminhada foi interrompida. Porém, pior que isso, ele se assenta, ou seja, aqui ele foi conduzido para uma paralisia total.
Mas não somente os verbos nos falam da decadência dos pecadores, como também os substantivos nos mostram a maneira sutil pela qual eles se afundam. Primeiro, o salmista fala do conselho, depois do caminho, depois da roda.
Ao falar sobre o conselho, isto implica que o sujeito que está andando ainda tem condições de dizer não ao parecer do ímpio, afinal, ele está em movimento e o conselho vem apenas aos seus ouvidos. Mas quando o ser humano dá atenção ao conselho dos pecadores, então ele se detém no caminho. Caminho fala de prática. Aqui o indivíduo não está mais andando, como já vimos. Está parado na mesma trilha dos pecadores, isto é, já está satisfeito com suas ações e as imita. Finalmente, ele se assenta no círculo dos zombadores. O círculo fala de intimidade, de familiaridade com o pecado.
Se nós não andarmos no conselho dos ímpios, certamente não teremos motivos para nos deter em seu caminho e não nos veremos jamais entre aqueles que escarnecem e zombam de Deus. Mas para isso, é necessário, como diz o v. 2, ter prazer na lei do Senhor e nela meditar de dia e de noite. Com a mente cheia da Palavra, não haverá espaço para sugestões pecaminosas.
Que o Senhor nos livre de pelo menos inclinar nossos ouvidos
à voz dos pecadores, para que nossa vida não seja um declínio espiritual.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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