“Todo aquele que o Pai Me dá, esse virá a Mim; e o que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37).
TULIP é um acrônimo conhecido como os 5 pontos do calvinismo. 3 destes 5 pontos se baseiam neste versículo que lemos, a saber, a Expiação Limitada (representado pela letra “L”), a Graça Irresistível (representado pela letra “I”) e a Perseverança dos Santos (representado pela letra “P”).
Quando Jesus diz “todo aquele que o Pai Me dá”, Ele está definindo a abrangência da palavra “todo”. Uma leitura normal e simples mostra que esta palavra não significa “todo indivíduo”, mas apenas todo aquele que o Pai deu a Jesus. Aqui temos, claro, em poucas palavras, o ensino da limitação da salvação. Deus elegeu antes da fundação do mundo, um número definido de pessoas que Ele haveria de salvar e deu estas pessoas a Cristo. Isto não significa que Deus não fosse poderoso para salvar a todos, mas sim que Ele, em Sua livre graça escolheu os que Ele quis, para neles manifestar Sua bondade. Foi unicamente por estes que Cristo morreu, como Ele mesmo disse na ceia: “porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.28). Em favor de muitos e não de todos.
Quando Jesus diz “esse virá a Mim”, Ele está dizendo que é impossível alguém que o Pai Lhe deu não vir a Ele. Os teólogos chamaram esse ato de Graça Irresistível não porque a graça de Deus não possa ser resistida, mas porque quando ela entra em operação é impossível resisti-la. Ao contrário do que muitos pensam, ela não é irresistível porque é estúpida e bruta, agindo contra a vontade do homem, afinal é “Graça” e não “Força” Irresistível, mas porque é transformadora, suavemente ela conduz o desejo do pecador para que se torne adequado à vontade de Deus. Quando isto acontece, voluntariamente o pecador se ajusta à vontade de Deus, desejando vir a Seu Filho.
Finalmente, Jesus diz “o que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora”, querendo dizer com isso que há segurança para a salvação do eleito. Aqui Ele cita a perseverança não como mérito do salvo, mas como o próprio Jesus lhe preservando. Jesus segura em Suas mãos aquele que o Pai Lhe entregou, garantindo que, mesmo em suas dificuldades na caminhada cristã, ele será preservado para a vida eterna, conforme Ele diz no v. 39: “E a vontade de Quem Me enviou é esta: que nenhum Eu perca de todos os que Me deu; pelo contrário, Eu o ressuscitarei no último dia”.
Talvez você se pergunte: “E se eu não for então um eleito”?
A maior característica de uma pessoa que não é salva está no v. 36: “Porém eu já vos disse que, embora me tenhais
visto, não credes”. Portanto, não permaneça na incredulidade, mas
entregue-se a Cristo em confiança total no senhorio dEle e você verá que estas
promessas se aplicam também a você.
Día tes písteos.
Pr. Cleilson
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