"Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne" (Rm 8.3).
Por: Mário Gardini
A moderna ciência médica inicia com a homeopatia.
Atualmente temos a alopatia e há estudos sendo desenvolvidos na área da diapatia.
No sacrifício de Cristo na cruz, encontramos um princípio da homeopatia – similibis similibus curandum, ou seja, “O SEMELHANTE CURA O SEMELHANTE”.
Tratamento de veneno de serpente inoculado em nosso organismo é curado pelo mesmo veneno da serpente (adulto) ou víbora (filhote), após sofrermos uma picada do réptil rastejante e venenoso (princípio da homeopatia).
Deus usou este princípio na morte de Cristo. Paulo ensina: "Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne" (Rm 8.3).
Cristo na cruz, em Seu corpo, recebeu o que era de mais podre e nojento da humanidade. Quando isso ocorreu, naquele dia inesquecível da morte do Senhor, o pecado entrou no corpo de Jesus, inoculou todo o seu veneno de morte. A velha serpente introduziu o máximo do seu veneno com o objetivo de matar Jesus. O princípio estava funcionando – o próprio pecado no corpo de Cristo iria matar, na morte de Cristo, o pecado e a morte.
O quadro é descrito por Isaías, o profeta: "Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca" (Is 53.1-7).
Lá estava o Senhor pendurado na cruz, catalisando todo o nosso lixo e podridão. Absorvia toda a sujeira humana. Eis a razão porque era a criatura mais feia da terra, o mais desprezado entre os homens, pois nem mesmo o Pai olhava para o Filho pregado na cruz em razão da feiura e hediondez do peso de todo o pecado que estava em seu corpo.
O sofrimento do Senhor é tétrico e apavorante. Era o Senhor da criação que padecia. Porém, era a nossa única chance e esperança.
Enfim, Jesus recebe toda a carga e peso do pecado e da maldição, iniciados no Jardim do Éden, e Seu corpo Se torna ao extremo enfermo e doente naquele momento de morte na cruz. O pecado no corpo de Cristo e a própria morte estão prestes a serem destruídos no corpo do Senhor naquele momento.
O Senhor entrega o espírito e expira. A sua morte mata o pecado, mata a própria morte e extrai o veneno de toda nossa sujeira – Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne.
Relatei a uma pessoa o acontecimento descrito acima e disse-lhe que todos os efeitos daquele dia em que o Senhor morreu atingem nossa vida por uma questão de fé. Ele admirado, me indagou: “Só isso, receber pela fé?”. Respondi - É tudo isso, meu amigo. Foi a maior obra já realizada na terra.
Diz o Senhor: "Ó, geração incrédula e perversa! até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei?" (Lc 9.41).
O incrédulo, de mente sagaz e inquiridora, não aceita.
O tíbio passa toda a sua vida, duvidando.
Mas, deixe-me dizer: tenho uma certeza – eu e você vamos dar com os costais na morte. Pode ser hoje ou amanhã, ou outro dia qualquer, vamos enfrentar nossa última experiência nesta vida frágil e vulnerável – a morte. E a notícia, agrade a você e a mim ou não, é uma só: toda a nossa esperança está centrada no fato da morte do Senhor na cruz. Podemos subir nas tamancas, esbravejar, enfurecer, xingar, fazer pilha, menoscabar e achincalhar. É a única esperança! Sejamos importantes ou não, Deus não fará diplomacia ou acordos sobre este assunto. A solução é única e não tem conversa ou diálogo com Deus a respeito da cruz – ou cremos ou rejeitamos.
"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados".
Mario Gardini
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