"Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele" (Lucas 16:19-20).
Por: Mário Gardini
A figura de Lázaro está registrada nas Páginas Sagradas. Era um mendigo que vivia em estado de miserabilidade. Dependia das “migalhas” e restos de comida que recolhia às portas da mansão de um rico.
Lázaro era pobre na acepção mais exata da palavra. Não tinha moradia ou regalias, mas somente chagas que lhe tomavam todo o corpo.
Seu consolo ou “band-aid” era a língua dos cães que aliviava a sua dor.
Este homem vivia em contraste com a vida de um homem rico (sem nome na Bíblia).
O rico vivia esplendidamente na sua riqueza e Lázaro mendigava na pobreza.
É preciso mensurar algumas coisas nesta história, registrada em Lucas, no Livro Inconfundível, capítulo 16:19-31: O RICO NÃO ENTRARÁ NO REINO DE DEUS PELO FATO DE SUAS RIQUEZAS?
O POBRE ESTÁ GARANTIDO NA HABITAÇÃO ETERNA EM RAZÃO DE SUA POBREZA?
QUAL A PIOR CHAGA? É AQUELA QUE VEMOS OU AS PURULÊNCIAS ENRAIZADAS EM NOSSO CORAÇÃO?
Afinal, lazarento era Lázaro, o mendigo, cheio de chagas, ou o rico, miserável e insensato?
Eis o problema do mal do lazarento – as chagas por fora têm cura e podem ser aliviadas. Mas a chaga e a pústula do coração não tem cura na medicina ou na farmacologia humana.
O Evangelho é o poder que entra em nossa alma e erradica toda a sua sujeira e purulência que exala fedentina na linguagem e na conduta.
Observe que o rico não entrou no Reino de Deus não porque possuía riquezas, mas porque seu coração era chaguento e cheio de orgulho.
Lázaro herdou o Reino dos Céus não porque era pobre. Há muito pobre orgulhoso e soberbo. Lázaro era humilde e confiava em Deus, mesmo em sua condição de miserabilidade.
Um contraste – Lázaro e o lazarento – o primeiro chaguento por fora, mas de alma limpa. O segundo, limpo por fora, mas purulento por dentro.
O verdadeiro lazarento precisa do poder do Evangelho para limpá-lo, restaurando o seu coração do mal da soberba, do orgulho e da arrogância.
Já a questão de herdar o Reino de Deus, o impedimento não reside nas posses, riquezas ou numa vida bem vivida – o problema está no coração insensato e vil, sem confiança no Deus Todo-Poderoso.
Que Deus tenha misericórdia para tratar das nossas chagas invisíveis e nos dar a real compreensão de que uma vida farta é um presente dEle, mas um coração insensato e débil pode ser a nossa perdição.
Mário Gardini
Mário Gardini, a pior coisa é quando nosso coração está corrompido. Linda abordagem a sua. Eu fico pedindo misericórdia de Deus todos os dias para não me deixar cair no pecado da soberba, orgulho. o Sr. elucidou em seu texto o adjetivo "humildade", há uma confusão loca nesse negocio. Para alguns humilde e andar de cabeça baixa ou usar vestimentas simples. Mas em seu texto vimos que humildade é um coração puro, lipo. Muito bom Mesmo.
ResponderExcluirConcordo em número, gênero e grau com o comentário do irmão Fabrício. Realmente os textos do Dr. Mário têm sido de abrilhantamento para o caminho da vida dos leitores deste blog. Parabéns por não escrever textos afastados, pelo contrário, muito submissos à Escritura.
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