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quarta-feira, 5 de junho de 2013

AS MARCAS E A ISONOMIA DO TEMPO



"Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra" (Eclesiastes 3:17).


Por: Mário Gardini

O que fazemos com o nosso tempo? Quando matamos o tempo, o tempo nos mata.

O tempo é uma joia preciosa que jamais devemos jogar fora ou desperdiçar.

A Bíblia diz: "Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra" (Eclesiastes 3:17).

A Palavra ensina que “há tempo para todas as coisas”. Se houver sabedoria no manuseio do tempo, não teremos desculpas da “falta de tempo”.

A isonomia do tempo consiste na mesma quantidade de horas a cada dia vivido por nós, colocada à nossa disposição. Ninguém neste mundo dispõe de mais ou menos horas no dia.

Há grandes homens de negócios, grandes empresários, profissionais e muitos que ocupam carreiras importantes, aprovados nos concursos públicos, e uma das razões do sucesso foi o tempo bem utilizado.

Outros continuam tentando, ou mesmo são insignificantes no empreendimento ou no que fazem, porque usam mal o tempo.

Veja que o tempo é igual para todos. Não podemos reclamar alegando que em nosso caso, o tempo é mais curto, e para o outro Deus deu mais tempo.

Conhecendo a ontologia de homens célebres da humanidade, verificamos que muitos deles não viveram uma vida longa, mas aproveitaram bem os seus dias vividos.

É triste e nos deprime quando as oportunidades que foram dadas a nós durante nossa existência, simplesmente fugiram do nosso controle porque utilizamos o tempo sem disciplina, sabedoria e diligência. Não devemos esquecer que a disciplina, a sabedoria e a diligência jamais estão separadas do nosso tempo, quando não matamos o tempo.

Entendo que uma velhice será mais feliz se olharmos para trás e concluirmos que a missão foi cumprida e o tempo vivido foi bem aproveitado.

A preguiça é uma inimiga do tempo, pois o preguiçoso vê o tempo passar e não agarra as oportunidades.

Um dia “eu ficarei rico” ou “vou conseguir dinheiro, trabalho e vou prosperar”. O problema é que esse dia não chega e provavelmente não será realidade – o tempo não perdoa quando somos negligentes ou, sem trabalho e esforço, pensamos em alternativas mais fáceis para chegar ao sucesso ou à riqueza.

Outro ponto de vista sobre o tema em discussão são as nossas desculpas de que estamos muito ocupados e então dizemos que não temos tempo para Deus, para a família e para o lazer.

Usar bem o tempo não é fazer tudo de uma vez. Precisamos parar para o descanso, o lazer e dar atenção àqueles que precisam de nós.

O problema não é a falta de tempo, mas a nossa desorganização e indisciplina durante o nosso dia.

É verdade que temos muitas tarefas a cumprir, temos nossas responsabilidades assumidas, e a consequência disso é passarmos finais de semanas ligados a elas, porque foram sendo acumuladas e se transformaram em peso, pois não atentamos para os limites das nossas forças e a quantidade de tempo de que dispomos.

Usar bem o tempo nos traz a lembrança da parábola dos talentos, contada por Jesus: "E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe. E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos. Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois. Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles" (Mateus 25:15-19).


Mário Gardini

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