As considerações a que chegamos são as seguintes:
Não resta dúvida de que Paulo considerava a mulher em escala mais alta que sua própria época. Ele teve amigas de ministério como Febe e Priscila, teve como bons exemplos de piedade cristã mulheres como Trifena, Eunice, Pérside, etc. Inclusive permitiu que mulheres ensinassem a jovens mulheres (Tt 2.3-5), o que já levou ao ensino de crianças. Entretanto, precisamos considerar algumas coisas importantes quanto ao ministério feminino.
AS PROFETISAS DE CORINTO
Em 1Coríntios 11.2-16, Paulo aborda o problema causado por algumas mulheres que estavam orando, profetizando (e provavelmente falando em línguas) com a cabeça descoberta, isto é, sem o véu, contrariando assim o costume das igrejas cristãs primitivas (v. 16). O contexto nos leva a entender que algumas mulheres daquela comunidade estavam fazendo reivindicações, mas tinham um espírito contencioso. O apóstolo naturalmente não nega a essas mulheres a participação no culto, mas insiste que elas usem o véu – uma expressão cultural que reflete o princípio permanente da subordinação feminina (vv. 5,6,10,14). Observe que há uma diferença entre expressão cultural (que pode ser substituída) e princípio permanente (que deve ser mantido). O apóstolo indica que, nos cultos, a participação delas deveria ser vista como um sinal de que estavam debaixo da autoridade eclesiástica masculina (v. 10).
Assim se percebe a importância de 1 Coríntios 11 para a questão desse debate sobre a ordenação feminina. A mulher deve estar debaixo da autoridade espiritual exercida pelo homem e, ao participar do culto, não pode exercê-la sobre ele. Dr. Shedd diz que “com o véu a esposa protegia sua própria dignidade”. Isso não quer dizer que deveríamos voltar a usar o véu como era o caso da igreja em Corinto. Lembre-se da diferença entre expressão cultural e princípio permanente.
Elas podiam falar nos cultos, mas não de forma a demonstrarem insubmissão, como mostra o verso 34c. Chamamos isso de interpretação por contraste, quando colocamos a 2ª. parte do versículo em contraste com a 1ª. Aqui o “falar” das mulheres está ligado intimamente à insubmissão, ou seja, poderiam falar, desde que se submetessem.
UMA POSSIBILIDADE DE QUE ESSAS MULHERES FOSSEM ESPOSAS DOS PROFETAS
No texto grego encontramos o pronome “vossas” ao se referir às mulheres. Há uma grande possibilidade desse texto estar se referindo às esposas dos profetas (gr. gynaikes, “mulher” ou “esposa”). O que faz grande sentido ao v. 35, pois, se seu marido é um dos profetas da igreja, então terá capacidade de ensiná-la em casa. Pode ser possível que esse “vossas” esteja relacionado a “mulheres da vossa igreja”, mas não faria sentido o v. 35, uma vez que nem todo marido teria capacidade para ensinar sua esposa em casa, já o profeta teria essa capacidade.
Se estiver se tratando de esposas de profetas temos aqui uma explicação plausível para o fato do progresso das mulheres no Cristianismo, uma vez que elas poderiam aprender, bem como temos também uma satisfatória coadunação dos ensinos de Paulo com a ordem da criação. Assim, a mulher (esposa) não falaria na igreja, o que a mostrava submissa, e ao mesmo tempo aprenderia em casa. Também quando Paulo diz que para a mulher é “vergonhoso” falar na igreja, a palavra grega é muito forte: quer dizer “torpe”, “obsceno”! Imagine o que essas mulheres falavam!
O apóstolo escreveu para instruir Timóteo a combater uma perigosa heresia que havia se infiltrado na igreja de Éfeso. Os falsos mestres estavam ensinando que a prática ascética era um meio para se alcançar uma espiritualidade mais elevada. Insistiam na abstinência de certas comidas, do casamento e do sexo em geral (1Tm 1.3-7; 4.1-3; 6.4-5; cf. 2Tm 2.14, 16-17, 23-24). Eles também rejeitavam os papéis tradicionais das mulheres no casamento, e encorajavam-nas a reivindicar papéis iguais na igreja e no lar (2.15; 4.1-2; 5.14-15). O texto dá a entender que o ensino desses falsos mestres tinha como porta de entrada as mulheres (1Tm 5.12,15; cf. 2Tm 3.6-7).
A palavra "ensinar", em Timóteo, está relacionada com a frase "em posição de autoridade", no sentido restrito de instrução doutrinária autoritativa, feita com o peso da autoridade oficial dos pastores (1Tm 4.11; 6.2; 5.17). Mas, o que fica evidente, afinal, é que a atitude que o apóstolo exigia das mulheres cristãs de Éfeso era de submissão e silêncio quanto ao aprendizado da doutrina no culto público. Então é lógico concluir que essa proibição de a mulher exercer autoridade sobre os homens exclui as mulheres do ofício pastoral. De acordo com Paulo, o oficio pastoral está relacionado essencialmente ao ato de governar e presidir a casa de Deus (1Tm 3.4-5; 5.17). Não se limita a essa função, mas deve passar por ela.
Há, ainda, uma disputa sobre os termos gregos gynaiki e andros. O contexto aqui em Timóteo parece muito mais indicado a explicar que a frase se refere a "mulher e homem" e não a "esposa e marido". Com isso o texto ensina que a mulher não deveria "exercer autoridade sobre um homem" (NVI, RA, etc.). Alguns acreditam que se uma mulher estiver em perfeita submissão ao seu próprio marido, então ela está autorizada a ensinar outros homens. Mais uma vez, essa seria uma análise precipitada e, possivelmente, descontextualizada. Douglas Moo (professor de Novo Testamento e conhecido autor), acredita que Paulo autoriza "mulher ensinar outra mulher", com base em Tito 2.3-4, mas "as proíbe de ensinar homens". Para o professor, nas epístolas pastorais, as atividades de governo (na igreja) são atribuídas a presbíteros. Claramente, então, a proibição de Paulo de que uma mulher exerça autoridade sobre um homem exclui a mulher de se tornar líder no sentido em que esse ofício é descrito por ele. Desta forma, Moo conclui que uma mulher estaria impedida de ocupar qualquer função em uma igreja que seja equivalente ao ofício de governo eclesiástico descrito por Paulo. Para ele essa conclusão é perfeitamente aplicável em nossos dias, uma vez que o apóstolo tem em mente a criação e as funções do homem e da mulher que advêm dela e não sua cultura particular.
Há muito trabalho preparado por Deus que pode e deve ser feito por mulheres piedosas. O Senhor as capacitou e a história tem dado demonstração abundante dessa verdade. Todo esse trabalho pode ser feito, com o digno sustento, inclusive, quando a igreja assim puder, mas é precipitado afirmar ou insistir que deva ser oficializado com um título pastoral, visto que carece de mais apoio escriturístico. As igrejas que consagram mulheres ao pastorado deveriam basear sua ação em referências doutrinárias e não em exemplos históricos, o que é um erro hermenêutico para formar doutrina.
Fonte: http://www.luz.eti.br/cr_ordenacaomulheres-cist.html#r0 Comentário do Pr. Jaime A. Cisterna (Igreja Batista Mineira - BH/MG)
Dia tēs písteōs.
Pr. Cleilson
Fonte: http://www.luz.eti.br/cr_ordenacaomulheres-cist.html#r0 Comentário do Pr. Jaime A. Cisterna (Igreja Batista Mineira - BH/MG)
Dia tēs písteōs.
Pr. Cleilson
O meu maior lamento hoje, é que a base de se consagrarem mulheres a cargos eclesiásticos de liderança, aconteça simplesmente pelo antropocentrismo evangélico, mulheres querendo se mostrar apitas a cargos que são masculinos, simplesmente por esquecer que servem a Cristo e não a si mesmas.
ResponderExcluirainda que a intenção pareça boa, não é!
e se porventura ah sinceridade em alguma das FEMINISTAS que defendem esta violação as normas bíblicas da igreja, meu coração entristece pela pouca disposição a buscar uma intimidade REAL com CRISTO, mediante seu Espírito. (O Senhor Jesus Cristo, se Revela por amor de nós, mediante sua Palavra. É justamente na Palavra que passamos a conhece-lo como Ele é, e é ELE quem Devemos Adorar e SERVIR, não a mera imagem dEle que criamos em nossas mentes corrompidas pelas concupiscências carnais.)
por isso mesmo devemos valorizar as poucas "casas de orações", que ainda trazem o genuíno evangélio, ou o mais próximo possível dele.
Oro para que os Filhos Eleitos e Salvos de Deus, se Levantem contra toda apostasia da verdade nesses últimos dias.