Teolatria

No Teolatria você encontra diversos estudos bíblicos em slides (power point) para baixar, além de muitas pregações, sermões expositivos, textuais, temáticos em mp3, dos pregadores da IMVC - Vilhena/RO: Pr. Cleilson, Pb. João, Pb. Alex, Pb. Wesllen Ferreira, irmã Clair Ivete e pregadores convidados.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Pai Nosso no Evangelho de Lucas (Lc 11.1-13) - Parte 6


As perguntas feitas por Jesus na parábola a seguir, são perguntas de retórica, cujas respostas já estão óbvias no conteúdo da própria pergunta. Ele diz: "Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?..." A resposta óbvia é: "Ninguém". Nenhum dentre os pais faria isso.

Visto, portanto, que nenhum pai faria tal absurdo com seu próprio filho, qual o sentido dessas perguntas em relação ao que Jesus falava acerca da oração? É que Jesus abriu o campo para comparar o relacionamento do homem natural com seu filho e o relacionamento de Deus com Seus filhos.

Jesus denota a pecaminosidade universal quando diz "Ora, se vós que sois maus..." (v. 13 - Bíblia de Genebra). O ser humano já nasce no pecado, e, ainda que faça coisas boas, seu ser é mau por natureza!

Já a respeito de Deus, Jesus diz: "Quanto mais o Pai celestial", no grego, "o Pai, o que saiu para fora do céu", ou seja, aquele que procede do santo lugar, de onde não se pode conceber maldade alguma, como foi o caso do homem, dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedirem?

As crianças são capazes de confiar em seus pais maus, porque sabem que deles não virão coisas ruins mediante um pedido dependente seu, muito mais poderão confiar no Deus, o Pai das luzes, em quem não há variação  nem sombra de mudança, o qual nos dá toda boa dádiva (Tg 1.17).

Não resta dúvida de que Jesus está falando do máximo bem (o Espírito Santo), o que não nega, todavia que Deus possa nos dar outras coisas também consideradas boas, em menor escala, claro, mas as coisas boas com as quais Ele nos agracia devem ser vistas como boas do ponto de vista dEle. Para nós, por exemplo, nunca é bom passarmos por aflições, mas depois que elas nos causam o efeito desejado por Deus, até nós mesmos compreendemos que foi bom termos passado por elas (Sl 119.67,71). Mateus usa a expressão "coisas boas" no seu contexto (Mt 7.11). Não é o mesmo que referir-se às pedras, ou escorpiões que Jesus usa em Suas perguntas de retórica, pois tais coisas não são boas para os filhos e até seus pais reconhecem isso. Entretanto, poderíamos comparar com remédio. Para os pequeninos filhos, os remédios são uma verdadeira maldade e covardia aplicada pelos seus pais, mas os pais sabem que é bom e necessário, embora  no momento seja angustiante. Mas depois, até os próprios filhos reconhecerão que estão vivos e saudáveis justamente por causa daquilo que eles consideravam maldade e covardia!

Por isso, a oração ensinada a nós pelo Salvador jamais pode deixar de conter a expressão: "faça-se a Tua vontade" (Mt 6.10), porque a vontade dEle é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2). A nós resta apenas confiar na bondade e na sabedoria de Deus!

Dia tēs písteōs.


Pr. Cleilson

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